Audi A8 Hybrid (2013)

"O modelo mais exclusivo da Audi tem agora uma versão mais ecológica. O emblema dos quatro anéis aposta na eficiência energética de um automóvel que alia um motor TFSI e outro eléctrico para assegurar prestações convincentes. Um Audi A8 nunca passará despercebido em tempos de austeridade. Mas o topo de gama da marca alemã possui uma versão híbrida que vai ao encontro dos desafios actuais no que toca aos consumos, quer na hora de atestar o depósito, quer no desempenho mais sustentável do ponto de vista ambiental. O bloco de quatro cilindros de 2.0 litros TFSI, combinado com um motor eléctrico, debita uma potência máxima de 245cv. E permite andar na cidade sem emissões poluentes, apenas alimentado com a energia acumulada nas baterias. O porte imponente reflecte a natureza desta limousine de luxo, opção mais talhada para servir de transporte do que para ser conduzida. As linhas sóbrias do A8 híbrido não diferem das restantes versões do modelo germânico, a não ser pelo discreto logótipo com a designação hybrid (que se ilumina nas soleiras das portas).

O interior espaçoso, de cinco lugares, beneficia da qualidade superior dos materiais de revestimento e do rigor da montagem. No entanto, os ocupantes posteriores ganham muito se forem apenas dois, pois o assento do meio está mais à medida do apoio de braços que incorpora os comandos do ar condicionado.

O que, porém, verdadeiramente distingue esta de outras versões é a ausência de ruído do motor na hora de carregar no botão da ignição. Isto porque o arranque está a cargo do motor eléctrico, com até 54cv e 210 Nm de binário, montado logo a seguir ao bloco 2.0 litros TFSI, de injecção directa a gasolina e sobrealimentado, de 211cv e 350 Nm. A gestão dos diferentes modos de funcionamento decorre de forma suave, em função do nível de carga das baterias de iões de Iítio, e da precisa transmissão automática tiptronic, de oito velocidades. Só em caso de aceleração muito brusca, sobre pisos menos aderentes, a entrega de potência às rodas dianteiras se processa de maneira mais impetuosa, que pode sobressaltar os menos prevenidos.

Tirando isso, o sistema funciona com primor, permitindo que se desça a auto-estrada no Monsanto a recarregar as baterias (através da desaceleração ou de travagens regeneradoras de energia), a subida para as Amoreiras a um ritmo eficiente (controlável no painel de instrumentos), e se percorra o túnel do Marquês de Pombal sem qualquer emissão ou gasto de combustivel (o modo EV, accionado por uma tecla, possibilita deslocações de três quilómetros, a uma velocidade até 60 km/h, com o veículo em modo totalmente eléctrico). O sistema automático Start-Stop também ajuda a conter os consumos, mas a média andará acima dos oito litros.

A direcção assistida electromecânica proporciona um controlo preciso por trajectos mais sinuosos, onde será aconselhável ter presente a ausência do sistema de tracção integral quattro e as dimensões avantajadas do A8, apesar da carroçaria em alumínio. É que a agilidade desta berlina de luxo impressiona, quando se esquece por momentos o desempenho ecológico e se adopta uma condução mais vigorosa, tirando proveito da função boost resultante da conjugação dos motores de combustão e eléctrico. O modo Sport da transmissão, aliado à regulação mais firme da suspensão pneumática, torna tudo mais fácil e surpreende como o controlo de estabilidade corrige com prontidão trajectórias próximas dos limites. Importa, no entanto, antecipar eventuais imprevistos que nos fazem descer à terra. A alternativa passa por desfrutar da comodidade de viajar sobre um tapete voador mecânico.

A limitação da capacidade da bagageira a 335 litros, por causa do espaço ocupado pelas baterias, atrás dos bancos, pode ser uma condicionante, mas no resto o A8 Hybrid está bem dotado de equipamento. O preço não é para todos e na viatura testada subia aos 107.175€, devido aos seis mil euros em extras principalmente de conforto, como o parking system advanced (590€), cortinas eléctricas (615€), bancos comfort com memória (2310€) ou a pintura metalizada (1305€).



Mecânica
Motor: Combustãp a gasolina, frontal, 4 cilindros em linha, 1984cc + motor eléctrico
Tracção: dianteira
Alimentação: injecção directa
Potência motor combustão: 211cv entre as 4300-6000 rpm
Potência motor eléctrico: 54cv
Potência combinada: 245cv
Binário motor combustão: 480 Nm às 1500-4200 rpm
Binário motor eléctrico: 210 Nm
Caixa: automática 8 velocidades

Prestações
Velocidade máxima: 235 km/h
Aceleração 0-100 km/h: 7,7 s

Consumos
Combinado: 6,3 L/100km
Emissões CO2: 147g/km

Preço
a partir de 101.110 euros"



fonte: público, dezembro 2012

1 comentário:

jonas

Ainda aquém dos japoneses

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